A Ana Elisa Ribeiro falando sobre o "Borda" no "ciclos de Convivência Literária". Foi linda esta noite.
http://convivencialiteraria.com/fotos-da-segunda-sessao-ana-elisa-ribeiro-norma-de-souza-lopes/
BORDA
“Isto quem me deu foi João Guimarães Rosa. Um filho deixado sem pai é um filho deixado à borda. Só lhe resta a borda, espaço entre o tudo e o nada do rio. É nela que ele constrói sua existência, repleta de tudos e de nadas.” Norma de Souza Lopes
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Raul e a Literatura
Resenha linda do Raul Arruda Filho lá no blog dele.
http://raulealiteratura.blogspot.com.br/2016/05/carta-aberta-para-norma-de-souza-lopes.html
http://raulealiteratura.blogspot.com.br/2016/05/carta-aberta-para-norma-de-souza-lopes.html
domingo, 5 de junho de 2016
CARTA ABERTA PARA NORMA DE SOUZA LOPES Resenha de Raul Arruda Filho
http://raulealiteratura.blogspot.com.br/2016/05/carta-aberta-para-norma-de-souza-lopes.html
domingo, 3 de abril de 2016
Release Borda
Isto quem me deu foi João Guimarães Rosa. “Um filho deixado
sem pai é um filho deixado à borda. Só lhe resta a borda, espaço entre o tudo e
o nada do rio. É nela que ele constrói sua existência, repleta de tudos e de
nadas.”
Engendrado entre
2007 e 2012 publicado em 2014 pela Editora Patuá, BORDA nasceu em um caderno azul de capa dura durante uma
internação psiquiátrica. Catarse em forma de poesia, dança à beira do abismo que naquele momento era eu mesma. Palavras que se
prestaram como costura do oco da carne implantada pelas dores e perdas da vida.
Tecendo a memória e a carne do mundo observado fui fechado brechas,
suturando feridas abertas.
Já a temática "fotografia", presente
em BORDA, escrito em um momento de incômodo com o envelhecimento, reflete um
tanto desse mal-estar, desconforto e estranhamento diante do objeto fotografia
enquanto elemento de sustentação da memória.
Em BORDA ainda é
possível ouvir como a turbulência do "eu mulher" ressoa em mim. Não
estou no mundo como mulher impunemente. Desde a infância a rejeição ao lugar de
"menos que os homens", ao qual eu nasci destinada, instalou em mim
uma guerra na busca da autoafirmação. Sua poesia evidencia que uma outra
experiência com o feminino é possível. A mulher livre, forte, desamarrada das
convenções sociais. Também não aceita categorizações (poesia de mulher, de
negro de gay, de índio, de pobre etc.).
Então BORDA é isso,
margem do abismo, costura, memória e exercício do feminino desatado. Dentre
outras coisas.
bebo da borda de tudo
margem mirando
o fundo do furo
Norma de Souza
Lopes
quinta-feira, 5 de março de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Resenha de Adriane Garcia em seu Blog "Os livros que eu li" http://adrianegarcialiteratura.blogspot.com.br/2016/03/borda-de-norma-de-souza-lopes-um-outro.html
Resenha de Silvana Guimares na Germina Literatura
http://www.germinaliteratura.com.br/2014/livros_lirismo_discreto_e_ousado_por_silvana_guimaraes.htm
Resenha de Ricardo Pedrosa no blog Par delicatesse. http://pardelicatesse.blogspot.com.br/2015/02/borda-de-norma-de-souza-lopes-sao-paulo.html
Resenha de Silvana Guimares na Germina Literatura
http://www.germinaliteratura.com.br/2014/livros_lirismo_discreto_e_ousado_por_silvana_guimaraes.htm
Resenha de Ricardo Pedrosa no blog Par delicatesse. http://pardelicatesse.blogspot.com.br/2015/02/borda-de-norma-de-souza-lopes-sao-paulo.html
domingo, 18 de janeiro de 2015
Lâmina
Não tive pai que me cortasse
quem me cortou foi a poesia
cindiu minh'alma como lâmina
e me fez pousar segura
sobre a tragédia que é a vida
desnecessário foi
desintegrar a linguagem
empregar luta corporal
me desintegrei primeiro
palavras me atravessaram
Assim tão só
assim tão pó
assim tão pouco
Vou refazendo as bordas do furo
preenchendo espaços com palavras
palavras hoje me costuram
NSL
03/12/11
quem me cortou foi a poesia
cindiu minh'alma como lâmina
e me fez pousar segura
sobre a tragédia que é a vida
desnecessário foi
desintegrar a linguagem
empregar luta corporal
me desintegrei primeiro
palavras me atravessaram
Assim tão só
assim tão pó
assim tão pouco
Vou refazendo as bordas do furo
preenchendo espaços com palavras
palavras hoje me costuram
NSL
03/12/11
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